Congestionamento




E de repente
Já não sei mais se é o vinho barato
Ou se sou Eu
E todo poema começa do meio
E sem ritmo
E sem rima
E assim vou indo
Porque
De repente descobri que
Sempre foi assim
E nunca poderei contar com a minha própria boa vontade
E tudo é uma Bagunça
E tudo é um “e”
E somando
E somando
Lágrima atrás de lágrima
Até que um dia me arrebentem pelos olhos secos
Pois sou um congestionamento
De lágrimas engarrafadas no
Transito do amor que nunca vem.



Sempre seus: Vito Julião


"o sonhador tem que acordar"

Um comentário:

  1. Cara, esse é o seu poema que eu mais gostei até agora. Está excelente!

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