Da personalidade dos poemas


Poemas
Enquanto entidades
São instáveis
             excêntricos
                    e histéricos
(E provavelmente geminianos)
Estes se escondem quando chamados
Mas revelam-se
Lindos e exuberante
Nas situações e ocasiões
Mais inesperadas e indevidas

São de material insólito e de
rápida sublimação
Possuem personalidade forte
São capazes de dominar nossos pensamentos por
Horas
         Dias
                 Semanas
                                E até meses
                                                 Ou jamais nos deixarem...
Ou por simples capricho
Não durarem nem alguns Tum Tum Tuns
(Igual a mulher amada)

Mas pode ser o contrario
Revelarem-se parcialmente
Uma sombra, um reflexo e saem correndo
Deixando aquela sede da palavra e do beijo...

E nesses casos
Quando se fazem
                     Traiçoeiros
                              e ariscos
Deve-se ficar atento
            Amar
 Armar armadilhas
Engenhosas e eficientes arapucas
E assim que... CLÁP!
Agarra-se um
deve-se segurar com unhas e dentes
Catalogá-lo
                  Fixá-lo
           E acima de tudo
              AMÁ-LO
E o mais rápido possível
Qualquer buzina
Murmúrio
Assovio
Ou discreto zunido de um novo amor
O poema se dissolve como sangue no mar...


Sempre seus: Vito julião   


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