Da lamina e do chumbo



De um lado a Lamina
Leve e precisa como o dia
Que nos ares de um nova flor
Rasga a palavra insana
E de lá retira a poesia
Entregando-a  para o mundo
Envolta num abraço de amor

     Do outro o Chumbo
Metal pesado e venenoso
Que confronta o verbo
Em combates de chamas e ardores
E de lá retira em partos de tristeza
A feia poesia dura
que por não encontrar na vida amores 
se vinga em versos de frieza.


Sempre Seus: Vito J.

Um comentário:

  1. Arrepiei completamente aqui! Sensacional!
    Diante disso só me resta citar Hilda Hilst:
    "O bisturi e o verso. Dois instrumentos. Entre as minhas mãos. Um deles rasga o Tempo O outro eterniza. Aquele tempo-ouro sem medida."

    Lindo como sempre, poeta!

    Beijos da Ju!

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