Pipira-de-prata




Um poeta com coração pesado, e não me creia com falta de amor a sensibilidade, arrisca-se por procurar no correr da caneta na carne do papel a volúpia necessária pra te convencer que eu também fui uma Pipira-de-prata, com o negro dominando a plumagem do corpo que , na fronte, sedia a um avermelhado que avivava de intensidade quando, eu, ave, tomava sol; minhas penas eriçavam num arrepio de alma alada e algumas transformavam-se em cabelos cacheando meu destino, que no voo de minha juventude, se lavava no rubro marrom de minha poesia.

Vito

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