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Escorregam sobre nós como massas de espuma deslizando sobre uma imensa mesa de vidro; morrem no horizonte num jogo de azul e branco mediado por mil matizes de cinza que se fazem e desfazem, imperceptíveis; estão lá e de repente já se foram.
Dois pontos negros surgem, atravessam o cenário em movimentos sinuosos com seus pares de asas; navegam a amplidão obedecendo o movimento de rios suspensos; vem farejando a superfície da terra atrás de carcaças de ideias e amores.
Eles olham pra mim; Eu olho pra eles; Eles olham pra mim.
“Escutem aqui Senhores Urubus, Eu estou vivo!”

Eles desaparecem dançando, pó detrás das nuvens e eu estou aqui; dentro, o palco dos meus olhos se abrem a um azul de céu que cobre como um manto a imensidão do universo; há estrelas lá e eu não as vejo, sigo sonhando-as...  

Sempre Seus: Vito Julião 

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