Mudanças


(Primavera -  Edvard Munch)



Eai você se descobre camadas sobrepostas de tentativa e erro
E quando abre os olhos
Mil poemas despencam
De uma vez
Mesmo assim levantamos
Sacudimos a poeira dos sonhos não realizados
E encaramos a face fria da cidade
Banhamos-nos no calor do sol
Caminhando por entre corpos e deveres
E assim nos Arrastamos atrás dessa vontade imensa de felicidade
Contudo sempre tropeçamos na impossibilidade do outro
Na incerteza do amor...
Nessa minha melancolia...
Mas está mais que na hora de mudar
Encarar tanta incerteza com outros olhos
Com fé
Fé na fé
Fé no que não se conhece
No que nunca se experimentou
E assim
Quem sabe
Acertar esse compasso maluco
Dessa dança esferográfica com a vida



Sempre seus: Vito Julião

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