E o sono vai
embora
E eu amo
Sinto
E
Sou
E muito
antes de qualquer coisa
Eu sou
paulistano
Alguém das
terras que destronaram
A garoa
Para fazer
reinar os negócios
O transito
O asfalto
E a Solidão
mórbida dos metros lotados
Não posso
evitar essa confusão em mim
Eu sou poeta
Pouco, chato e
pequeno
De palavras
pobres e líquidas
Mas que
nasceu com a sina
De purgar a
palavra
No próprio corpo
Na própria alma
E como já
disse outro
A arte é
maior que o homem
Por isso que ela sai assim
Deformada
e pobre...
E o máximo
que posso fazer
É pedir
Desculpas
Mesmo
sabendo que farei de novo
E te obrigarei a perdoar a ofensa
Que ainda não veio
A ferida que
não se abriu
E o amor que
tenho por você
Porque o amor que tenho é desses
Que estão no papel por
Não suportar
mais ele
Aqui...
Dentro.
Pesando tanto...
Sempre seus: Vito julião
Quando a gente transforma os sentimentos em palavras parece que um pouco do peso é dividido com o papel, né?
ResponderExcluirAdorei, Vito!