ATENÇÃO!
Esse post é um
poema, mas que está fracionado, explico-me: para que você possa ler o poema na
sua integridade, antes carregue o vídeo abaixo e assim que ele estiver
carregado aperte o play e imediatamente após o inicio da musica comece a
leitura do poema (incluindo título e dedicatória), somente assim a poesia se
mostrara completa!
Boa leitura.
Sempre seus: O Autor
Para meus Avós
Seu Manéu e Dona Carminha
Mata branca
I
E na terra
seca
Terra quente
de arvores severas
do couro atrás
da vaca magra
da vaca
magra de todo dia
E na seca
agreste
grande como
a solidão do calango magro
o sol
castiga
mas ai vem o
fole
A sanfona
e a zabumba
na batida do
coração e do triangulo
E na alegria
da batida do
pé do sertão
Na coragem do
cabra
que diante
mesmo da fome pesada de cada dia
Bate o pé
Bate palma
e traz canto
e alegria
tirando a
solidão pra forrozeá
levantando a
poeira do chão
e fazendo
chover
na alma
alegre
de quem
nasce a sombra do mandacaru
de quem
nasce nos braços do sertão
II
E no asfalto
No transito nosso de cada dia
Entre
prédios e barracos
Eles vão
sobrevivendo
Longe de
casa
Longe do
açude
mostrando
que mesmo em São Paulo mandacaru é forte
E na mata
branca de concreto
foram
eletricistas
Piões
Donas de
casa
Mãe de
quatro filhos
Tudo o que
se precisava
E não
desistem tão fácil
E que ainda
carregam alegria do sertão
Na cocada
Na rapadura
No limão com
sal
Na carne seca
Na fibra do
coração
Porque
aprenderam a vencer
A chorar
Cair e
levantar
Com a
peixeira nas costas
E a fé n’asa
branca agreste
Porque só
entende quem nasceu no seio da caatinga braba
Quem nasceu
no enorme coração do nordeste
Sempre seus: Vito Julião
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