Uma incompreensão molhada



Dentro de tão infernal mundo de ideias, opiniões, carrinhos de supermercado, etc. Vou diluindo toda e qualquer possibilidade de um Eu sólido, espedaçando-me nessa cascata de, cada vez mais, inúteis informações, fazendo bolhas e poças de convívio para que um único átomo de lágrima, mais indivisível do que parece, não se perca nas águas salgadas dessa sociedade de perfis e listas de compras, sendo algumas delas até espirituais, tornando-se liquidamente amor.
Amor por amor ao amor, não amor de algo, ou amor racional ou qualquer outro tipo de delimitação ou contorno, apenas o cheiro do limão e a pegada na lama.
Desculpe por essa incompreensão de mim mesmo...


                                                                                       Sempre seus: Vito Julião de Azevedo

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